Crónicas: imagens proféticas e outras 4º volume
A escrita de Bénard, costurada em digressões permanentes, parêntesis e alvéolos, mostra, além disso, como a palavra é inseparável da memória. Nos ambientes gregos inspirados, ela era tida por omnisciência de carácter divinatório, expressa no mantra: «o que é, o que será, o que foi». Nos meios judaicos e cristãos, era interpretada pelo binómio profecia e cumprimento. A memória não é apenas o suporte da palavra: é, sobretudo, a potência (poética, maiêutica…) que confere ao verbo o seu estatuto de significação máxima. [José Tolentino Mendonça, no Prefácio ao 1.º Volume]
Autor João Bérnard da Costa
Organização Lúcia Guedes Vaz
1ª ed. 2015
ISBN 978-989-8566-92-8
Pp. 272
Idioma PT